SMI-Engenharia Agronômica
URI permanente para esta coleçãohttps://repositorio.uniguacu.com.br/handle/123456789/95
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Item Levantamento floristico de plantas daninhas em lavouras cultivadas no municipio de São Miguel do Iguaçu - PR(Uniguaçu, 2024-11-28) Bassani, Érica; Dalastra, Graciela Maiara; Alberton, André; Orth, JaquelineO presente trabalho teve como objetivo principal identificar e quantificar as principais espécies de plantas daninhas presentes em lavouras de milho durante o período pós-colheita, antes da dessecação para o plantio da soja. A pesquisa foi realizada em áreas agrícolas do município de São Miguel do Iguaçu, no Paraná, utilizando diferentes manejos culturais com herbicidas. O estudo se concentrou na análise fitossociológica das espécies de plantas daninhas, aplicando parâmetros como densidade, frequência e abundância. Esses parâmetros foram fundamentais para calcular o Índice de Valor de Importância (IVI), que mede a relevância de cada espécie dentro do ecossistema agrícola. Para a coleta dos dados, foram utilizadas parcelas amostrais nas lavouras, onde as plantas daninhas foram identificadas e contabilizadas. As principais espécies de plantas daninhas identificadas foram Zea mays (milho voluntário), Bidens pilosa (picão-preto), Commelina benghalensis (trapoeraba) e Digitaria insularis (amargoso). Essas espécies apresentaram alta incidência nas áreas estudadas, especialmente em áreas onde o manejo de controle foi menos eficaz. A família Poaceae, que inclui o milho voluntário, foi uma das mais representativas, sendo de grande importância econômica e frequentemente encontrada em ambientes de cultivo. O milho voluntário, em especial, mostrou-se predominante em várias áreas, dificultando o controle. Os diferentes manejos de herbicidas avaliados incluíram áreas tratadas com glifosato e atrazina, bem como áreas sem nenhum manejo específico. Os resultados mostraram que a combinação de glifosato e atrazina foi o método mais eficaz no controle das plantas daninhas, enquanto áreas sem manejo apresentaram maior proliferação de espécies invasoras. Além disso, observou-se que a resistência das plantas daninhas a herbicidas, como o glifosato, é um problema crescente, especialmente para espécies como a buva (Conyza spp.) e o amargoso, que são notoriamente resistentes ao controle químico. O trabalho destacou a importância do manejo integrado de plantas daninhas, que combina diferentes métodos de controle (químico, mecânico e cultural) para melhorar a eficiência e a sustentabilidade do controle das espécies invasoras. A adoção de estratégias de manejo sustentável é essencial para evitar a seleção de plantas resistentes e garantir a longevidade dos sistemas agrícolas. Conclui-se que o uso adequado de herbicidas, aliado a um planejamento estratégico de manejo integrado, pode minimizar os impactos negativos das plantas daninhas, maximizar a produtividade agrícola e promover a sustentabilidade das lavouras de grãos. O estudo reforça a relevância de continuar pesquisando sobre o desenvolvimento de novas técnicas de manejo, especialmente em áreas com alta pressão de plantas daninhas resistentes.